Senhoras e Senhores sejam todos bem vindos a Tatajuba! Tatajuba um deslumbrante paraíso no litoral Oeste do Ceará com belas praias e atrações irresistiveis ao turismo e aos visitantes ao longo prazo. Tatajuba no blog está por dentro de tudo que rola em Tatajuba como: esportes, baladas, Lual, point's, e tudo mais que Tatajuba tem a oferecer a todos vocês. Muito obrigado por fazer parte de nosso blog.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dona Delmira e a Montanha Encantada

Concordo com os gregos que diziam em uma Grécia antiga de tragédias atuais: não importa o fim da história e sim a maneira como ela é contada. A audiência das tragédias gregas, geralmente, tinha conhecimento prévio de suas histórias , mas mesmo assim comparecia para ouvir, chorar e rir do seu contar catártico. Isabel Allende, escritora chilena, em seu livro “Paula”, afirma que nenhum escritor termina um livro, na verdade ele é vencido pelo cansaço. De fato, deve ser o cansaço que traz o fim do livro. Você, quantos finais de livros extraordinários já leu? Eu, que me lembre, só mesmo “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez. Mas não culpo meus queridos escritores, terminar um livro deve ser mesmo muito difícil, afinal é sempre difícil chegar ao fim, quem dirá escolher no final, o final mais adequado, ou mais original, ou mais correto, ou mais incorreto, ou mais feliz, ou mais triste, ou mais inesquecível. Terminar um livro é talvez morrer, porque terminar um livro é dar adeus a uma história que nasceu de si mesmo, é se despedir de si. Se o final então é uma conseqüência inevitável e exausta do contar, porque guardamos os finais de tantas histórias como segredos? O contar deveria ser mais vagarosamente deliciado, sem pressa do final, sem pressa da revelação do segredo.

Tudo isso para dizer que Dona Delmira, a senhora da foto acima, me contou uma história sem final, ou, ao menos, sem pressa pelo final. Ela contava e recontava, e sempre repetia que se fosse contar tudo ficaria ali horas e horas, pois são muitas as histórias pra contar. De sua janela, Dona Delmira me emprestava seus olhos para que o meu olhar estrangeiro pudesse adentrar em seu vilarejo Tatajuba, em Jericoacoara, Ceará. Narrava ela que, há 40 anos, Tatajuba fora soterrada pelas andanças de suas dunas. Seus moradores, por mais que tentassem, não conseguiam remover tanta areia, areia que se misturava a tudo, a comida e a sonhos. Dia a após dia, bravamente eles tiravam areia de suas casas como quem tira neve. As dunas incansáveis continuavam a andar, seu andar enfim fez com que os moradores se deslocassem para as proximidades, onde fundaram a Nova Tatajuba. E de lá eles continuavam ouvindo sua montanha encantada cheia de músicas, vozes e luzes audíveis e invisíveis. Encantada mesmo são as histórias de Delmira, histórias de uma Tatajuba soterrada, mas incapaz de encobrir tanta saudade, tantas histórias. Histórias sem pressa, e quiçá sem final, ao menos para seus moradores.

Quem for a “Jeri” não pode deixar de conhecer Nova Tatajuba e ouvir as histórias que Dona Delmira conta e recorda há onze anos!

Postagem original - http://www.aceitaumcafezinho.com

Video - Delmira Silva, a contadora de historias

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VISITE TATAJUBA

Há aproximadamente 300 km de Fortaleza, Tatajuba é um dos últimos paraísos quase intocados pelo homem no Ceará.
Um vilarejo que parece viver constantemente sob "luz perfeita e exata", como diria Fernando Pessoa se por ali tivesse passado.
Lá dominam as casas e pousadas simples, que respiram sem a opressão dos Grandes Resorts e domínio estrangeiro, e esperamos que assim continue por um bom tempo.
Há cerca de 15 anos os turistas que por ali passavam a caminho de Jericoacoara, encantavam-se com o lugar, e, como não havia pousadas, os pescadores convidavam os visitantes para ficarem em suas casas, oferecendo não só o peixe frito, pescado na madrugada anterior, mas suas redes e camas - aqueles que possuíam. Vê-se aí uma pequena amostra do povo hospitaleiro que por ali vive.
Com um mar morno que mais parece um lago de tão calmo e agradável que é, podemos passar horas avistando apenas um ou outro pescador que passam lá longe com suas grandes redes de pesca, ou os carros que fazem o translado Camocim-Jericoacoara. Difícil é entrar nesse mar maravilhoso depois de uma noite ouvindo as histórias de tubarões do ex-pescador Sr. Manuel, dono da Pousada Brisa do Mar.
Depois de um fim de semana maravilhoso no local, com longas caminhadas matinais, banhos maravilhosos no mar, tardes inteiras na Lagoa da Torta, comendo o melhor camurupim e camarão à alho e oléo do Ceará na pousada do Sr. Manuel, a segunda-feira amanhece um dia nublado e triste, enquanto esperamos o carro de horário do Carlinhos, para ir embora. Jeri parece um grande e caótico centro urbano comparado a Tatajuba, e rezamos para que não tenha vaga nos ônibus só para podermos voltar ao paraíso.
Mas eis que, como nós, ninguém quer ir embora da região, e temos um ônibus vazio, com várias poltronas e não podemos enganar nossa consciência por mais tempo - o trabalho nos chama.

COMO CHEGAR
Há dois caminhos para chegar a Tatajuba, por Camocim e por Jericoacoara, vale acrescentar dois lugares belíssimos.
Se você escolher por Jericoacoara, vá às agências da Redenção, presente em todas as rodoviárias de Fortaleza, na passagem já está incluso o transporte de Jijoca a Jericoacoara. Na agência você também pode fazer reservas para pousadas em Jeri. Ao chegar a Jericoacoa você pode alugar um buggy ou ir nos carros de horários.
Abaixo você encontrará os telefones necessários.
Por Camocim o trajeto é praticamente o mesmo, você compra a passagem nas agências da Guanabara ou Ipu Brasília, na rodoviária, lá chegando você também pode alugar o buggy ou ir nos carros de horário.

EU ACONSELHO:
Vá por Jericoacoa, a viagem é muito mais agradável, passe um dia visitando as belezas de Jeri. De lá pegue o carro de horário do Carlinhos, ou de algum outro camarada, é só perguntar que os moradores te falam onde encontrar. O carro de horário é muito mais barato e tão confortável quanto o buggy. Passe o fim de semana em Tatajuba, de lá siga para Camocim, também de carro de horário ou buggy, conheça a Ilha do Amor, Maceió, Olho D’água, Barra dos Remédios, e de Camocim você tem a opção de voltar para Fortaleza ou seguir para o Piauí, que é bem pertinho.
Translado Jeri-Tatajuba-Camocim:
Carlinhos - (88) 88115651
Redenção: - 85) 3274-1274
Ipu Brasília: - (85) 3256-2999
Guanabara: - (85) 4005-1992

ONDE FICAR
Das três pousadas existentes, aconselho a Brisa do Mar, do Sr. Manuel, pois além de ser à beira-mar, é simples, muito agradável, e tem uma comida muito boa. As outras duas são A Verde Folha, do Sr. Carlos, também belíssima, e a Santa Maria, do Sr. Miguel.
Pousada Brisa do Mar:
Sr. Manuel - (88) 99615439
Pousada Verde Folha:
Sr. Carlos - carlos@verdefolha.com
injo@verdefolha.com
Pousada Santa Maria:
Sr. Miguel - (88) 99036330



Visite Tatajuba!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Velha Tatajuba – A vila soterrada



Por: Hélio Viana

O Morro branco de Tatajuba é uma duna fixa

As dunas móveis podem engolir tudo o que não se mover na sua frente, de coqueirais a cidades inteiras. Foi o que aconteceu com a, hoje, Velha Tatajuba. Na década de 80 do século passado, o vento que soprou direto, dia e noite, durante sete anos, não deixou pedra sobre pedra: a areia soterrou o pequeno vilarejo.


Dona Delmira, a contadora de histórias Quem conta a historia é a vaidosa Dona Delmira dos Santos que, mãe de 9 filhos e toda maquiada na janela de seu “ponto comercial” – uma das poucas casas ainda de pé -, há doze anos vende coco e dá de graça os causos do local. E vai logo avisando: se for interrompida começará tudo de novo. E é verdade. Interrompi com uma pergunta banal e ela, igual aos guias mirins que tecem loas à cidade de Olinda, depois de um sorriso de repreensão recomeçou do zero.

Durante 15 minutos Dona Delmira desfia o rosário da desdita dos moradores da vila. Levou menos de 15 anos para as 150 casas serem engolidas pela areia. Mas tem mais, tá vendo aquele Morro Branco ali na frente? É a Duna Encantada e lá existe um navio soterrado. Reza a lenda que à noite vultos podem ser vistos e sons podem ser ouvidos no local.

Naili, a neta de Dona Delmira Mas os moradores não se deram por vencidos. Atravessaram o braço de mar, que se forma na maré cheia e permitiu a entrada do tal navio encantado, e construíram as primeiras casas da Nova Tatajuba com o que conseguiram salvar da vila soterrada. Depois a prefeitura terminou o serviço, construindo o resto do vilarejo.

A praça em frente à igrejinha tinha uma caixa de concreto com uma televisão dentro e logo ganhou o apelido de Praça do Português, porque cada banco tinha a inscrição Administração Antonio Manuel Veras, o nome do prefeito à época, e foram instalados voltados para… fora da praça. Talvez por conta do apelido, a TV foi retirada recentemente.


Praça do Português em Tatajuba só é possível chegar à Nova Tatajuba de bugue ou em carros com tração nas quatro rodas. A trilha é sobre um infindável mar de areia. Os moradores, mesmo contra a especulação imobiliária para o turismo de luxo, estão na expectativa de virar point turístico. A vila já conta com duas pousadas, a mais bacana é de um suíço, e até uma escola de kite surf. Além disso, a Acomota – Associação Comunitária dos Moradores de Tatajuba faz parte da Rede Cearense de Turismo Comunitário, a Tucum, que articula a hospedagem de visitantes em casas de nativos e pousadas domiciliares. Tatajuba será a Jericoacoara de amanhã?


-Tatajuba Livre:" O nome praça do Português foi uma sátira criada por bugueiros de Jericoacoara."

-Tatajuba Livre:" Tatajuba luta muito para não ser uma segunda Jericoacoara, Muito menos tem uma expectativa de ser um point turistico."

http://maracatublog.wordpress.com/

Ferias no Ceará 2010


Confira a Programação
No Ceará, a animação nas férias está garantida. A partir de 07 de janeiro até dia 07 de fevereiro, os cearenses e visitantes poderão conferir shows gratuitos com a participação de atrações nacionais. Na capital e em diversos municípios cearenses, as bandas Jota Quest ,Skank, Lulu Santos, Nando Reis e Biquini Cavadão fazem a festa, sempre a partir das 20h. Um total de seis bandas animarão as férias em 16 municípios.
Confira a programação:

FÉRIAS NO CEARÁ FEVEIREIRO / 2010

04/02 - Biquini Cavadão - Cidade: São Benedito
05/02 - Biquini Cavadão - Cidade: Camocim
06/02 - Biquini Cavadão - Cidade: Fortaleza
07/02 - Biquini Cavadão - Cidade: Liomeiro do Norte

Fonte: Radio Caiçara

quinta-feira, 23 de julho de 2009

TATAJUBA – UM PARAISO QUE NÃO ESTA NO MAPA

Lenita Miranda de Figueiredo

Jornalista e escritora

Vilarejo de pescadores, Tatajuba é um paraíso que não esta no mapa. Crava-se majestosa, entre dunas e coqueirais. Descoberta em 1908, logo se tornou uma pequena comunidade, no alto da colina, com modestas choupanas ao redor da igrejinha de São Francisco. Um dia, soterrada pelas dunas, mudou de lugar e ganhou novo nome: Tatajuba, planta, que segundo os moradores, cura tonteira e flatulência.

Turistas do mundo inteiro, encantam-se com a praia imensa, e solitária e o mar de um azul impossível e suas marés temperamentais. Quando estão baixas, são elas que dão passe livre para os “bugies” que transitam entre Camocim, Jericoacoara e outras vilas da região.

Recanto muito apreciado, cartão postal da cidade, é o Coqueiro do Abenço, pescador que firmou pé na terra e ao redor de sua cabana, plantou dezenas de coqueiros. Quando ele morreu, os coqueiros também morreram de saudade e só restou um. Vencendo o tempo, continua lá, pequeno e solitário, resistindo as vergastadas dos ventos fortes.

A pousada Brisa do Mar é parada obrigatória para quem sai de Camocim e segue para as plagas de Jeri, com espetacular vista para o mar. Seus quartos são confortáveis, arejados, com rede na porta e boa comida. Reúne turistas do mundo inteiro, criando, as vezes, um ambiente de poliglotas que são trocando idiomas, diante de uma água de coco, a famosa geladinha e os quitutes da Dita, Moça bonita e gentil, filha de Manoel Pedro.

O anfitrião, Manoel Pedro de Araujo, ícone de Tatajuba, trocou as profissões de pescador e construtor de barcos pela tranqüilidade de sua pousada. Quem passar pela beira mar e olhar pra o alto, pode vê-lo, no terraço, sentado em sua cadeira cativa, olhando as lonjuras do mar, os barcos de velas coloridas, com direito a por do sol num céu incendiado.

Outra pousada, com chalés espalhados pelos jardins e vista para o mar, é a antiga Verde Folha, Hoje com novo nome: Portal dos Ventos, com letras luminosas em neon, brilhando a noite. Um luxo para um lugar praiano. Os preços e Diárias de ambas as pousadas, são convidativos, variando entre 50, 100 e 150 reais, dependendo das acomodações.

Cabana dos Ventos

Miguel Arcanjo Jurado é figura admirada em Tatajuba. Ex-proprietário da famosa pousada Santa Maria. Hospedou turistas de todas as nacionalidades que testemunharam a sua beleza mediterrânea do Petit Hotel, emergindo branco entre as palmeiras, flores e coqueirais.

Santa Maria acabou, virou residência particular. Miguel, espanhol das Canárias, sempre empreendedor, deslocou-se para mais pertinho do mar e ergueu uma sofisticada palhoça, que foi batizada de Cabana dos Ventos.

Na maré alta, o mar beija a areia que rodeia o chalé. Grande sala envidraçada, moveis, tapetes, almofadas e esmeralda, decoração rústica, mas requintada, com imagens indus e orientais, anjos barrocos, misturança de bom gosto, elegância e exotismo. O quarto, instalado no piso superior, abençoa a visão do por do sol, no mar, em rutilos clarões.

Vale à pena guardar o endereço: Cabana dos Ventos, Tatajuba, no roteiro do sol, do mar, e dos ventos uivantes, preparada para a visita de turistas exigentes. Sempre seguindo o caminho do mar, ate ancorar a andança em Camocim, Tatajuba e Jericoacoara.

A Casa dos Ventos está destinada as um “point” internacional para quem gosta de beleza, boa comida e solidão.

Não dá pra esperar. É hora de aproveitar as férias, fazer as malas, sair porta afora , seguir o caminho do mar e ancorara a andança em Camocim, Tatajuba e Jericoacoara.

Depois de Fortaleza, é lá que começa o Ceará.

Barraca do Didi, O Rei do Grelhado

A Barraca do Didi, na Lago da Torta, é um outro “point” de atração internacional. Ele é conhecido pela simpatia e atenção que dispensa aos turistas. Muitas vezes entrevistados, Didi já apareceu em jornais estrangeiros, revistas famosas e até na televisão.

Na culinária, destaca-se com seus grelhados de peixes, camarões e lagostins, com molhos especiais. Tudo pescado na hora, fazendo as delicias dos “gourmets” e “gourmands”.

Não pode faltar a emoção do aerobunda e o passeio no barco do Zezinho que vai aportar em outra margem da lagoa, no restaurante do Marcos, o famoso Carnaubar, onde a culinária também é de primeira linha.

Marcos e Lolita, Imitando Tarzan, construíram sua morada no alto de uma arvore, entre dunas e rica vegetação, à beira do lago, com as mesmas belezas naturais e o conforto encontrado no Taiti, Tatu-Iva e tantos outros lugares paradisíacos do planeta...

Escrito por: Lenita Miranda de Figueiredo