O vento que soprou dia e noite pelo período de seis anos foi responsável, na década de 80, pelo soterramento do vilarejo de Tatajuba. Passados mais de 20 anos, hoje os moradores recordam, ainda com espanto, o estranho fenômeno que destruiu suas moradias. Mas, o fato não os afastou dali. Na Nova Tatajuba, eles ergueram suas casas e também as primeiras pousadas deste destino turístico que atrai visitantes curiosos em conhecer os redutos deste paraíso selvagem.
Um destes moradores é a dona Ester Oliveira do Nascimento, que ergueu sua moradia num dos pontos mais altos do vilarejo. Da sua casa, a visão da praia de Tatajuba é tão privilegiada que virou ponto de parada para fotos e contemplação das jangadas que passeiam por uma gamboa em direção ao mar.
O percurso é feito sobre um infindável parque de dunas, desbravando os mistérios do vilarejo. Um deles é a Duna Encantada ou Morro Branco, uma grande duna calcificada pelo tempo, onde muitos acreditam que lá existe um navio soterrado. Reza a lenda que sons de piratas cantando podem ser ouvidos à noite no local.
No Parque das Dunas, um ponto de parada é a Duna do Funil. O local é ideal para os que desejam se aventurar no esquibunda (R$ 3,00 a descida) ou em passeios de buggy. Entre duas paredes de areia, os bugueiros fazem diversos “malabarismos”, um presente para quem curte a famosa descida “com emoção”.
No vilarejo, vale a pena conhecer a Brisa do Mar, a primeira pousada na rústica Tatajuba. O proprietário Manoel Pedro de Araújo, que morou a vida toda na região, fundou a pousada em 1996. Do alpendre da pousada, a visão da praia é deslumbrante.
Lagoa da Torta
Um dos refúgios mais aconchegantes deste destino é, sem sombra de dúvida, a Lagoa da Torta ou Lagoa da Tatajuba.
Descoberto há 16 anos para a exploração turística, o balneário conta com quatro barracas e dois quiosques para preparo de caipirinhas e sucos. Nas barracas são servidos peixes e camarões em pratos preparados na hora.
O charme do local são as redes de nylon coloridas armadas nas margens da lagoa. Quando ocupadas, as redes tocam a água, dando uma agradável sensação de frescor. Quem preferir, pode ficar, também, nas espreguiçadeiras colocadas à beira da lagoa ou nas cadeiras de plástico dispostas dentro d’água.
Por ser rasa - com o máximo de três metros de profundidade - é ideal para o banho. Quando cheia, em época de chuvas, a lagoa chega a ter 18 quilômetros de extensão. Atualmente, foi descoberta pelos praticantes do kitesurf, que estão colorindo a lagoa com suas pipas.
O visitante pode fazer passeio de jangada, que custa R$ 5,00 por pessoa. No valor está incluído, também, o aerobunda, um tipo de brincadeira que o banhista desce por uma tirolesa de um ponto elevado até dentro da lagoa.
Devido a boa estrutura, o local tornou-se um dos pontos de parada obrigatória para os passeios de buggy ou em veículos 4x4 que saem de Jericoacoara ou de Camocim para a praia de Tatajuba. Após conhecer a praia selvagem e se aventurar na Duna do Funil, os turistas fazem parada para almoço e descanso na Barraca do Didi na Lagoa da Torta.
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